Uma resposta à teologia gay.

Onde posso sustentar que os argumentos sugeridos para se referirem a prática  "homosexual" são erros de traduções; referências para práticas que são irrevelantes no dia de hoje (referências mal percebidas para se dizer, idolatria ou pederastia); ou que a cultura de hoje em dia de amar os relacionamentos LGBTs não podem ser relacionados aos mesmos comportamentos que são referenciados na Bíblia?

Estes, na minha opinião, são os argumentos mais comuns que propõem que a sexualidade do mesmo sexo é uma realidade biológica natural (um simples modo de ser) e portanto, não "pecado" , e que nenhum esforço para diminuir os sentimentos LGBTs é equivocado ou ainda prejudicial. É uma abordagem que eu levei como uma pastora LGBT.

Mas, essa abordagem falha ao apreciar temas tão abrangentes vistos nas escrituras e radicalmente diminui a própria autoridade de Jesus ao ensinar sobre sexualidade. Em segundo lugar, reflete o importante impacto de uma cultura tendenciosa a favorecer um senso "virtual" de ser, o que evidencia a nossa era tecnológica.

As pessoas que se identificam como LGBTs se encontram numa completa confusão. Apesar do comportamento homossexual não ser atual, ele nunca foi normalizado. Por que agora?  Eu gostaria de arriscar dizendo que isso tem a ver com a revolução tecnológica.

O EU VIRTUAL

Para entender o rápido crescimento do movimento LGBT (e assim uma robusta afirmação da teologia gay) entedemos que o atual acontecimento histórico é  similar a história passada. A era tecnológica de hoje está mudando e, instituições ao redor do mundo, muitas delas como: A Reforma, Iluminismo e Idustrialização causaram agistações globais e redefinições dos papéis sociais. Conduzidas pelas tecnologias ocidentais, nações inteiras  estão deixando de lado uma resposta para a uma nova mentalidade tecnológica que está sendo espalhada para as nossas vidas pessoais.

Entre os avanços da era tecnológica há uma virtualização dualística do nosso "EU". Nosso mundo interior: a mente, vontade, e emoções, tem se tornado nossa identidade primária

Ao sentar em frente ao computador representamos uma presença pseudo-étereo, na qual manifestamos uma identidade a partir dos nossos corpos. Desse modo, nosso intelecto e nosso psicológico  nos conduzem a realidade. Aqui, o indivíduo se sente plenamente conhecido baseado na "identidade e autencidade" à medida que explicamos nossa vida de pensamento e as emoções que a acompanham. Nós nos sentimos amados quando há reciprocidade quando nos expressamos dessa forma. Assim, nós podemos usar nosso corpo para nos auto satisfazer através da masturbação ou pornografia.

A outra face do dualismo moderno encontrou lugar na revolução sexual. Muita da nossa atenção hoje é gasta subjugando nossos corpos como se fossem um apêndice misterioso da mente.

Isso é visto claramente nos efeitos do feminismo moderno, que tem interpretado limitações no "avanço" cultural ou uma autoexpressão invertendo os valores  entre o homem e a mulher. E para completar, o movimento de "libertação" tem precisado desassociar os dois.

Um século atrás a frase apontada as mulheres como "sexo frágil" era correlacionada a força psicológica com sua habilidade intelectual. Graças a Deus, hoje em dia, as mulheres estão ascendendo na sociedade na esfera da autoridade intelectual, redimindo esse mau entendido. Contudo, como líderes femininas têm pressionado cada vez mais e mais contra a ideia de patriarcado, nosso entendimento sobre nós mesmo tem sido ameaçado. Através da tecnologia, as mulheres têm dispensado nossa fisicalidade em favor dos "direitos iguais", já que em primeiro lugar vem a mente e não o corpo. Como resultado, muitas têm dispensado a maternidade (ou adiado) para o bem do "sucesso' na nossa cultura. Isso não seria possível sem o apoio da tecnologia e os avanços da medicina que viabilizam a contracepção e o aborto. Sem motivo para precisar existir uma força de trabalho para administrar as crianças e a casa, as mulheres podem ascender as escadas culturais sem nenhum impedimento físico.

A rápida expansão do movimento LGBT é uma outra profunda expressão desse novo dualismo. Como disse, comportamentos homossexuais são antigos, mas nenhuma cultura já chegou a normalizá-los. Mesmo que os ativistas  sugerissem que o estigma social é o principal ponto para abraçar esses comportamentos, acredito que isso esteja associado a nossa realidade física.

A verdade da existência humana é que nossas mentes, vontade e emoções  são inseparáveis dos nossos corpos físicos. Não somos meramente "potes de argila" que dentro reside um espírito.

A visão moderna do LGBT requer a divisão do psicológico e corpo. Apesar do maior extremo dentro dos LGBTs ser do movimento transgênero, a identidade LGBT é igualmente refletida nesse dualismo. O mantra "amor é amor" aponta diretamente que nossa realidade psicológica deve ser priorizada. Como muito de nós vemos hoje casais gays casados, percebemos suas emoções bem satisfeitas, a segurança e o contentamento dos seus matrimônios, seus pontenciais como bons pais, e acabamos comparando aos matrimônios heterossexuais de hoje em dia. A maioria dos milenares e jovens de hoje em dia falham em notar as diferenças nos relacionamentos de sexos opostos. Para eles, sexo e amor são grandemente condicionados ao físico. E ainda, um olhar detalhado sobre o pesamento gay acerca do amor oferece uma falsa ideia de aceitação do que seja verdadeiramente o amor. Essa ilógica sobre o comportamento sexual do mesmo sexo tem sido tratado como irrelevante e está causando problemas terríveis. Mais sobre isso abaixo.

MAS, HÁ A ENCARNAÇÃO DE JESUS

Cristãos reconhecem a natureza sagrada dos nossos corpos e toda nossa personalidade através dos seus entendimentos sobre encarnação,crucificação e restauração do homem, Cristo Jesus. Jesus veio "como relâmpago" e redimiu nossa natureza humana imoral. Ele designou corpo, mente e alma.

Nesse contexto,é indispensável que os cristãos entendam a teologia gay, O problema não está simplesmente nos versos biblícos denominados pela comunidade LGBT como "clobber passages" (em português, "passagens críticas/que golpeiam") . Estes são argumentos superficiais comparados ao da criação e nosso posicionamento como criaturas criadas a imagem de Deus.

A Bíblia nos convida a ponderar o significado da nossa fisicalidade no contexto do Reino de Deus, no qual, Jesus nos diz: "não somos desse mundo" (Jo 18:36), que transcende a construção humana. A encarnação nos convida ao mistério da criação de Deus, nossa função dentro dela, e a promessa do retorno de Jesus. Deus escolheu criar um mundo físico no qual Ele se auto manifesta, aquilo que Ele chama de "bom", para estabelecer um relacionamento misterioso e transcendente conosco. Nessa encarnação e ressureição, Deus diz que nossos corpos, não somente nossas almas são vitais para o Seu plano.

Os dois sexos opostos juntos manifestam um mistério espiritual que é vital para a identidade humana como portadores da imagem de Deus.

"Ele, porém, respondendo, disse-lhes: não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez. E disse: portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois em uma só carne?Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem." Mateus 19:4-6 (ACF)

Para comprender o significado do relacionamento de homem e mulher em Gênesis temos que entender que a humanidade é criada para relacionamentos em conjunto. Nossa genitália e toda a estrutura corporal que a mantém, que inclui nossa química hormonal e todas suas influências em nossas mentes e órgãos, existem para a união do sexo oposto. Uma vagina não pode ser compreendida separada do pênis. Não importa se há consumo sexual, esse padrão de masculino e feminino juntos são vitais para o funcionamento da sociedade. As diferenças e forças únicas entre os sexos,  as diferenças entre ambos em relação ao físico e ao psicológico em combinação, são essenciais para o bem-estar da sociedade. Um casal com dois homens sofrem com a falta de retratação que uma mulher oferece em um relacionamento sexual. Um casal com duas mulheres sofrem com a falta de retratação que uma homem oferece em um relacionamento sexual.

Nossos corpos foram criados para a procriação (ainda que sim ou não), e culturas sempre protegeram instituições que preservaram essa atividade para o bem-estar da sociedade em geral.  Até mesmo a teoria evolutiva requer um compromisso com esta realidade física, na qual, os fatores biológicos apoiam e preservam o bem-estar e o desenvolvimento de todas as espécies. A ascensão do gênero e as teorias queer põem em causa os próprios fundamentos das ciências físicas em favor da dominação virtual sobre o corpo. Mas, estas noções nunca serão mais poderosas do que a verdade física. A desordem fraturada que esta promove causa grandes danos àqueles que experimentam os sentimentos LGBT.

Desculpem-me, mas para que isto fique bem claro, tenho de ser explícita. Continue a ler atentamente.

As relações físicas entre gays não só confrontam a verdade biológica como prejudicam o corpo humano. O ato sexual gay requer uma dissociação muito grande do próprio corpo. O sexo homossexual imita o sexo heterossexual. No entanto, o ânus não é comparável à vagina. Os seus tecidos e o seu ambiente físico são frágeis em comparação. Por conseguinte, cultiva facilmente infecções e doenças. De acordo com o Centers for Disease Control and Preventions (CDC), os homossexuais têm uma taxa exponencialmente mais elevada de doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com o CDC em 2018, "os homens homossexuais e bissexuais representavam 69% de todos os novos diagnósticos de HIV entre todos os homens com 13 anos ou mais nos Estados Unidos". Em 2014, os homossexuais, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens representavam 83% dos casos de sífilis primária e secundária. A paternidade entre homens homossexuais requer avanços tecnológicos. Cada vez mais, a subserrogância (o seu próprio dilema ético) está se tornando uma via comum para atenuar este desejo. Embora o sexo lésbico não carregue consigo as mesmas taxas de doença, as mulheres são obrigadas a recorrer a objetos externos para satisfação. O desejo de maternidade, é claro, requer de igual modo algum tipo de intervenção tecnológica ou externa.

Ao celebrarmos a identidade LGBT e o "amor", a nossa cegueira dualista está contribuindo para nossas amigas viverem uma insatisfação sexual sem falar os resultados de saúde arriscados.

ORDEM FORA DO CAOS: O REINO DE DEUS

Não é necessário nos concentrarmos em Sodoma e Gomorra ou Levítico 18 ou na linguagem de Paulo para discutir a identidade e comportamento homossexual como fora da visão de Deus para a humanidade. Gênesis revela que Deus ama a ordem (não o caos) e a estrutura e que a Sua obra é intrincada, intencional e criativa. A humanidade manifesta isto ao mundo através da nossa celebração da arte, arquitetura, construção da nação, família, casamento, escolas, governos, etc., e especialmente através da competência moral que é necessária para a criação de comunidades que integrem todas estas coisas. A nossa fisicalidade, especificamente o dimorfismo sexual humano, é essencial para todas estas coisas. É verdade, homem e mulher juntos são essenciais para todas estas coisas. Juntos representam o conjunto da comunidade e da sociedade para a qual estas coisas apontam

Ao contrário das suas culturas circundantes contemporâneas, ao adorarem a Deus, os judeus nunca abraçaram o comportamento sexual do mesmo sexo. Em vez disso, o judaísmo acarinhou a família e o legado. YHWH é "o Deus de Abraão, Isaac, e Jacob". O Antigo Testamento está repleto de listas de gerações-progênese apontando para a identidade de Israel como o próprio povo escolhido de Deus, completo com a Lei, um recurso de construção de nação que explica como viver juntos de acordo com os caminhos de Deus. A circuncisão, sinal do pacto de Deus, apoia este tema da identidade nacional com ligação genética. Nada na sexualidade do mesmo sexo e na identidade de gênero pode apoiar este valor fundamental do reino de Deus.

No Novo Testamento, a "família" de Deus cresce através da obra do Espírito Santo que une grupos de pessoas de todas as nações como filhos e filhas de Deus de acordo com o padrão estabelecido na Antiga Aliança. O ícone do matrimónio é aberto para que o mistério do matrimônio como imagem da identidade criativa e relacional íntima de Deus seja revelada ao mundo. A verdade da nossa biologia permanece inalterada, mas, em vez disso, retrata um mistério ainda maior: Deus conosco. A nossa fisicalidade nunca é diminuída. Em vez disso, o mistério da nossa ligação a Deus torna-se mais belo. À medida que caminhamos de acordo com os caminhos de Jesus entre as nossas culturas, as nossas visões de mundo e o mundo são transformados

Onde quer que o Reino de Deus se manifeste, devemos esperar o estabelecimento da ordem de Deus - incluindo a reordenação da nossa sexualidade. Vemos não só milagres de cura física, libertação de vícios físicos como o consumo de drogas, mas também reordenamento dos desejos sexuais e dos seus comportamentos correlacionados. Jesus redimiu a humanidade e todos nós vivemos numa realidade, "agora, mas ainda não", onde podemos lutar para ver algo da obra final de Deus na Terra: o seu Reino totalmente estabelecido. Jesus ordena que peçamos (Mt. 6:10) com expectativa e fé. A obediência ao desejo de Jesus significa necessariamente caminhar com os nossos pares LGBT-identificadores para ver as suas vidas redimidas e trazidas a esta revelação da verdade de Deus para as suas vidas, que reúne o nosso espírito e o nosso corpo de acordo com um mistério encarnacional. Eles não são em primeiro lugar, "homossexuais". São criação de Deus cuja vontade para as suas vidas é, sem dúvida, uma nova vida de acordo com o padrão estabelecido nas escrituras ao longo de milénios - em torno das gerações, ou seja, refletindo a identidade criativa de Deus.

JUSTIÇA PARA O LGBT NÃO É "IGUALDADE". É A RESTAURAÇÃO DE ACORDO COM O PROJETO DE DEUS PARA A IDENTIDADE HUMANA FÍSICA E ESPIRITUAL.

Eu, e outros como eu, cuja sexualidade foi redimida (afastei-me do lesbianismo), suplico aos cristãos que deem prioridade à capacidade de Deus para salvar os nossos amigos que se identificam como LGBT dos traumas deste dualismo moderno.