Por que eu tenho desejo sexual?
Já parou pra pensar por que Deus nos deu um desejo sexual, mesmo antes de nos casarmos e poder fazer sexo?
Não seria mais fácil se Ele nos desse tal desejo apenas em nossa lua de mel? Será que Ele fez isso só para nos torturar? Ele nos deu tal desejo para que aprendêssemos a lidar com algo que é muito poderoso, valioso e significativo.
Mas o que é exatamente ter um desejo sexual? Esta é uma resposta complicada, mas daremos o nosso melhor para tentar defini-lo. Ter um desejo sexual significa que: você quer fazer sexo com alguém.
Sim, isso é algo profundo – eu sei.
Então, Deus nos deu o desejo de fazer sexo com outras pessoas. Brilhante. A questão agora é: por quê? Por que nos dar um desejo ardente de nos unirmos a outro ser humano? Para começar, quero que entendamos por que Deus nos fez assim. Gosto de dizer que existem três P’s que explicam por que temos um desejo sexual.
O PRIMEIRO “P” - PROCRIAÇÃO
Quando duas pessoas fazem sexo, é possível que a mulher engravide e nasça um bebê! Como sei disso? Foram muitas horas de pesquisa. Aliás, tenho 4 filhos; portanto, tenho uma certa propriedade pra falar sobre o assunto.
Deus nos deu um desejo sexual para que nós quiséssemos procriar. Há muitas coisas que podem nos impedir de escolher/decidir ter filhos, tais como segurança financeira, carreira, independência, querer uma noite inteira de sono - mas, no final das contas, fomos feitos para ter filhos. Este foi o mandamento de Deus para nós: ser fecundos e multiplicar. Ele nos projetou de tal forma que seria natural que o fizéssemos. Ele gosta de dar filhos às famílias como uma bênção e como uma forma de redenção. Vemos isso em toda a escritura com as histórias de Abraão e Isaque, Hagar e Ismael, e Ana e Samuel, apenas para citar alguns. Ele deu bebês a casais estéreis que não tinham como conceber. O Salvador do mundo veio até mesmo por meio de uma bênção que Deus concedeu a Maria quando milagrosamente colocou vida em seu ventre. Que honra para ela carregar Jesus e criá-lo em nosso mundo. As maiores bênçãos vêm em pequenos “pacotes”: os bebês.
Sem o desejo sexual, seríamos desencorajados a escolher uma pessoa, unirmo-nos a ela para o resto da vida e termos fihos. A conexão, a intimidade e o prazer com que somos recompensados são importantes e altamente motivacionais. Sem isso, provavelmente nem teríamos interesse em estabelecer um relacionamento com alguém e, muito menos ter filhos.
O SEGUNDO “P” - PRAZER
No livro de Provérbios, Salomão – a pessoa mais sábia da história, diz: “Estas três coisas me maravilham; e quatro há que não conheço: o caminho da águia no ar; o caminho da cobra na penha; o caminho do navio no meio do mar; e o caminho do homem com uma virgem”. Na visão dele, havia algo inexplicavelmente maravilhoso que ocorria entre duas pessoas.
A questão é: o Diabo não criou o sexo. Justin Timberlake não está ”bringing back sex” (em português, “trazendo o sexo de volta”). Deus criou o sexo. Ele é o ser mais desejável que existe. Ele sabe o que é atraente e excitante. Sabe como fomos constituídos e do que precisamos. Sabe o que parece ser correto, o que de fato é correto e como podemos experimentar a sexualidade sem ter vergonha, condenação, imaturidade ou dor. Ele criou isso tudo pra nós como um tesouro a ser explorado. Você já deve ter ouvido algo como: “O Diabo não pode criar nada novo; ele pode apenas perverter o que já foi criado”. Ele tenta – há tempos – redefinir o sexo, mudar a sua essência e, por fim, recriá-lo; mas ninguém é capaz de definir o sexo para nós como Deus o fez.
O que o Diabo não pode recriar é aquilo que acontece quando um homem e uma mulher - em aliança - se encontram sexualmente. Ele não pode criar beleza, admiração, suspense ou glória. Ele pode tentar diminuir o sexo, mentir para você e dizer que não é algo tão sério. Pode tentar fazer com que você se envolva com um monte de pessoas e se torne insensível. Ele não pode recriar a beleza daquilo que ocorre quando dois corpos se encontram. A intimidade que ocorre quando dois se tornam um não pode ser forjada. Ele sempre tentará trazer algum tipo de mácula, mas o fato é que há um real encontro sexual planejado por Deus para você. Tal encontro é destinado a ser pleno, saudável e feliz, sendo parte do que o próprio Deus é. Deve ser glorioso!
Ter desejo e atração por alguém – nosso cônjuge, em particular – é algo maravilhoso. Estar juntos em total intimidade e no ápice do prazer é algo sensacional. Acredito que, para Deus, não há nada mais lindo que isso.
TERCEIRO “P” – PROXIMIDADE (LAÇOS)
Mateus 19:4-6 diz: “Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”.
Nosso desejo sexual permite que nos conectemos com nosso cônjuge e criemos um vínculo vitalício. É como a cola que gruda duas partes. Embora muitos gostem da ideia de que somos como borracha e as pessoas possam simplesmente “quicar” e depois sair de nossas vidas, a verdade é que quando nos relacionamos sexualmente, nos unimos a essa pessoa. É algo que transcende um mero contato “corpo a corpo”. Cientificamente, sabemos que isso nos afeta hormonal, neurológica e psicologicamente, formando intensos laços mentais, emocionais e físicos – especialmente se praticarmos com frequência.
Saibamos disso ou não, o sexo afeta todo o nosso ser. Muitos sabem disso porque já estiveram profundamente envolvidos com alguém. Você pode até nem gostar tanto assim de alguém com quem esteja envolvido, mas tem a sensação de que ama a pessoa. Sente que não pode viver sem ela. Isso se deve à intimidade, história e conexão que tiveram. É como se nos tornássemos viciados nela. Você sabia que esse era o plano original de Deus? Ele nos constituiu dessa maneira a fim de que fôssemos fiéis, comprometidos e leais ao nosso cônjuge, de modo a não ceder aos desejos e emoções.
Esse artigo foi novamente compartilhado a partir do livro “A verdade Nua e Crua Sobre Sexualidade”, escrito por Havilah Cunnington.